Amava a vida. E, portanto, a liberdade

A Estátua de Sal

(Teresa de Sousa, in Público, 07/01/2017)

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Nota Prévia ao texto

Morreu Mário Soares. Como ateu assumido que era, não é justo dizer, em sua memória, paz à sua alma. Digo pois, somente, que descanse em paz. Quem fica para a História dos povos e dos países raramente faz o pleno dos consensos. Como ele. Muitas vezes dele discordei, e muitas vezes com ele concordei. Os grandes vultos são assim. Controversos. Porque as sociedades não são uma massa informe de unanimismos mas sim um poço a fervilhar de interesses contraditórios. Soares terá tido muitos defeitos, como todos nós. Mas um que não podemos assacar-lhe é o da tibieza. Sempre com fervor e audácia avançou com coragem na defesa daquilo em que acreditava. Para o bem e para o mal, foi sempre em frente, sozinho umas vezes, com a sua gente noutras. Em que medida esteve mais certo ou mais errado a…

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